sexta-feira, 28 de março de 2008

Glitter Tropical.

Olá gente bonita e descolada, fiz essa fotomontagem digital e usei-a pra divulgar um evento que vai rolar dia 4. Vejam aí!


P.S.: O horário ainda não existe, por que ainda não foi acertado!

domingo, 23 de março de 2008

Queria postar algo....o que postar????...........na verdade queria um caminho para falar com vcs...........tow com uma dor de cabeça infernallllllllllllllllll........queria ir a Paris. São pensamentos que o ócio me traz agora...........preciso de exercício.

Amo muito!

quarta-feira, 19 de março de 2008

E agora?














É o seguinte: e agora?

Depois de tanto calor, um pouco de chuva.
Depois de tanta correria, um ônibus lotado.
Depois de tanto choro, um rosto desfocado.
Depois de tanto desejo, uma visita inesperada.
Depois de tanta crença, um tapa na cara.
Depois de tanta busca, uma internet falha.
Depois de tanto diálogo, uma cara amarrada.
Depois de tanta angústia, uma idéia frustrada.
Depois de tanta promessa, uma terra sem graça.
Depois de tanto gozo, uma noite solitária.
Depois de tanto olhar, uma miopia profunda.
Depois de tanto rir, uma mandíbula deslocada.
Depois de tanto acreditar, um roubo descarado.
Depois de tanta pergunta, uma saída à francesa.
Depois de tanta merda, um eterno snob.
Depois de tanta coisa, algumas poucas palavras.

E você me questiona: E agora?

domingo, 16 de março de 2008

Arte Crime - Um Balanço

“E você só está aí falando por minha causa!”

Wolder Wallace

No texto de apresentação do Seminário Arte e Crime: Insubordinações ficava claro o enfoque temático que o seminário pretendia trazer para discussão: Ações artísticas e obras que devido ao seu caráter transgressor, crítico e político se situavam no limiar da ilegalidade. E já começou causando tumulto. Sucesso absoluto de público no primeiro dia, até lista de espera foi necessário para atender a demanda dos muitos espectadores que se acotovelavam desejosos para assistir às mesas de debate.

A partir do segundo dia a fluxo de pessoas foi se rarefazendo e no que me parece, as questões que realmente eram importantes de serem abordadas também. Entre mortos e feridos pouca coisa se disse e muito barulho se fez e muita gente saiu “queimada”.

Ações criminosas que a arte legitima e ações criminosas que a arte deixa de legitimar acabaram sendo o foco das discussões que se desenvolveram nos níveis mais profundos da epiderme. Bate-bocas, alfinetadas e lavagem de roupa suja de antigos carnavais puderam ser assistidas pelos presentes da forma que só uma comédia pastelão pode oferecer. “Atentado à bomba” é crime ou é arte? E por falar em atentado, acho que um dos maiores que sofri ultimamente foi: “Toda ação é vandalismo!”. Não é violência física, é violência intelectual! Sacomé?!

Mas não estava proibido o consumo de cigarros, cigarrilhas e afins dentro de prédios públicos? Queremos a legalidade das nossas ações! Bota essa coisa pra rodar! “E o haxixe ta bom?” Tempera a pizza e bota pra rodar também. A questão aqui não são os crimes que são cometidos salvaguardados pela arte e sim como o sistema da arte é capaz de tratar metaforicamente o ato criminoso. Será? Ou não? Ta parecendo papo da Tropicália, mas não tenho opinião sobre isso.

Ta pensando que viajar sem pagar é coisa de Europeu? Pois venha dar um rolé aqui em Recife e não esqueça dar um passeio no Joana Bezerra/Boa Viagem que sai do terminal de integração da Joana Bezerra às 5 da tarde pra você ver o que é vandalismo. Já que vai multar, anota aí a minha placa e manda a multa pelo correio. Pra andar de graça aqui tem que pagar! E voltamos à ilegalidade.

Só o artista tem o direito de modificar sua própria obra. Mas quando o próprio artista modifica a sua própria obra ele propriamente a modifica? Essa é apenas uma questão. A quem pertence a obra do artista? A ele? À Sociedade? À Instituição? Toda propriedade é um roubo! Vamos levar o Parangolé pra dar uma voltinha? Boicote! Se não agüenta por que veio? Quero roubar também pra poder ter cem anos de perdão e negociar meu terreno no céu na feira do troca-troca.

Falando em roubo, me parece que o medo de deixar o trabalho na superficialidade do discurso da ação criminosa está conseguindo desconstruir a imagem que eu faziam sobre alguns artistas. Mas vamos dar um crédito, foi uma noite conturbada. Depois da explosão, roda um “beise” só pra relaxar... Só não é arte por que não entrou no circuito. Quem manda querer fumar sozinho.

Do ponto de vista de cá, as “ações artísticas” e os “trabalhos” trazidos pela equipe organizadora do evento faziam uma crítica ao sistema social à medida que discutiam como o sistema das artes legitimava num circuito de legalidade e resgatava da esfera marginal atos criminosos. Já as “ações criminosas” que foram realizadas voluntariamente durante o período do seminário me levam a pensar nos crimes cometidos pelo sistema legitimador da arte que acaba por classificar algumas ações como marginais e outros como “heróicas”.

– Mas o que você realmente quis dizer com a sua ação?

– Só falo na presença do meu advogado!

Saldão ARTECRIME

Boooommmm!!!

uhahauhauahauhauah

:P